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Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, Livro Cirurgia Plástica, Alexandre Munhoz, Reconstrução Mamária, Cirurgia Estética da Mama. |
segunda-feira, 28 de março de 2016
Livro Prof. Alexandre Mendonça Munhoz / Capítulo Reconstrução Mamária
Capítulo de Reconstrução Mamária
Livro Fundamentos em Cirurgia Plástica
Prof. Dr. Alexandre Mendonça Munhoz
Livro Fundamentos da Cirurgia Plástica, publicado pela Editora Thieme, e com Editores os Prof. Alexandre Mendonça Munhoz, Rolf Gemperli e Ary de Azevedo Marques, conta com capítulo específico de Cirurgia da Mama, Estética e Reparadora. Neste capítulo, é abordado de maneira atual a reconstrução da mama nas deformidades congênitas e,
sobretudo, oncológicas a qual representa um constante tópico de pesquisa
e desafio à cirurgia plástica no último século. O desenvol-
vimento de novos procedimentos, associado ao aprimora-
mento técnico, possibilitou a reparação de várias afecções da mama com resultados satisfatórios, do ponto de vista estético e
funcional.
De acordo com as características da mama a ser repara-
da, as principais técnicas disponíveis apresentaram grande
evolução no último século. Associada ao desenvolvimento
de novas técnicas e conceitos relacionados à cirurgia plástica reparadora, a introdução de novos procedimentos
oncológicos também contribuiu para melhores resultados
nas reconstruções. Neste sentido, vale ressaltar o concei-
to de cirurgias oncológicas mais conservadoras como as
mastectomias com preservação dos músculos peitoral
maior e menor (mastectomias radicais modificadas), a
maior preservação da pele da mama (mastectomias com
preservação de pele) e a cirurgia conservadora da mama
(quadrantectomias).
O desenvolvimento dos retalhos musculocutâneos
propiciou melhores alternativas de tratamento frente
aos retalhos cutâneos. Além disso, a introdução da mi-
crocirurgia e a melhor compreensão da anatomia vascular cutânea acrescentaram novos subsídios técnicos ao
arsenal do cirurgião plástico. A manipulação cirúrgica de
estruturas de menor calibre e a transferência de tecidos
à distância, por meio de anastomoses vasculares, redundaram em maior número de opções de áreas doadoras
e de tecidos com melhor qualidade frente às técnicas
tradicionais.
Neste capítulo, abordaremos os conceitos relacionados
com a cirurgia oncológica da mama, as principais técnicas
habitualmente empregadas nas reconstruções conservado-
ras e radicais, bem como indicações e limitações de cada
procedimento. A cirurgia conservadora da mama é representada atualmen-
te pelas setorectomias e quadrantectomias. Habitualmente,
é indicada em tumores pequenos (3 a 5 cm) associados com
volume mamário adequado. Desta forma, pacientes com
mamas de pequeno volume, sem ptose (queda), e com tumores de dimensões maiores, não são boas candidatas para
este tipo de cirurgia. Nos casos de cirurgia mamária, há indicação de pesquisa seletiva do linfonodo axilar (linfonodo
sentinela) e de radioterapia pós-operatória na totalidade
dos protocolos de tratamento.
A avaliação criteriosa do formato e posição da mama, do volume mamário
remanescente e, sobretudo, da localização do tumor, constitui
fator fundamental para a escolha da técnica a ser empregada.
Entres os principais procedimentos habitualmente empregados na cirurgia oncoplástica atual, merecem destaque as técnicas que utilizam os tecidos próprios da glândula mamária a ser
reconstruída e as técnicas que empregam tecidos a distância.
A cirurgia radical da mama tem sua indicação quando há
contraindicação para a cirurgia conservadora. Desta forma,
tumores maiores que 3 a 5 cm, mamas de pequeno volume
e sem ptose, ou tumores multifocais têm indicação de cirurgias mais amplas para o tratamento oncológico. A reconstrução total da mama realizada nas mastectomias
habitualmente envolve três fases cirúrgicas principais, e cada
etapa tem objetivos diferentes. A primeira fase está vinculada
ao tratamento oncológico de câncer e realizado em conjunto
com a mastectomia. Nesta etapa, os objetivos principais são a
construção do volume local e a reparação da área cutânea res-
secada na mastectomia.
Entre as técnicas disponíveis para a reparação total da
mama iniciada na primeira fase, destacam-se a possibilidade
de utilização de tecidos autógenos, ou seja, provenientes da
própria paciente, os materiais aloplásticos como os expan-
sores de tecidos e os implantes mamários de gel de silicone.
O emprego de tecidos autógenos é defendido por uma
série de autores oferecendo inúmeras vantagens quando
comparado ao de materiais aloplásticos. Entre elas, pode-
mos citar a qualidade da reconstrução, com os tecidos apresentando consistência e textura mais próximas da mama
contralateral, e resultados mais satisfatórios a longo prazo,
constituindo desta forma uma reconstrução de caráter
definitivo.
Apesar das características descritas pela reconstrução
com tecidos autógenos, a utilização de materiais aloplás-
ticos tem sua indicação específica, sendo excelente técnica
de reconstrução. Quando se compara este tipo de reconstrução com reconstrução com tecidos autógenos, esta tem
a vantagem de ser procedimento mais simples tecnicamente, apresentando menor tempo de recuperação pós-
operatória, além da ausência de área doadora e cicatrizes
adicionais. Em pacientes sem excedente cutâneo no abdome ou com contraindicação ao uso do retalho do músculo
grande dorsal associado ao implante de silicone, esta técnica constitui a única opção de reconstrução.
domingo, 27 de março de 2016
Homenagem ao Prof.Dr. Alexandre Mendonça Munhoz em Conferência nos EUA
Matéria publicada no Jornal Entre Médicos do Hospital Sírio-Libanês sobre participação do Prof. Alexandre Munhoz como Invited Lecturer em Congresso em Chicago/EUA.
O Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, Prof. Livre-Docente em Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, cirurgião plástico do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês e Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação stricto sensu do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP), recebeu no mês de julho uma homenagem durante o World Congress of the World Society for Reconstructive Microsurgery (WSRM). O evento é realizado a cada dois anos e reuniu, em Chicago, nos Estados Unidos, os serviços mais proeminentes do mundo no campo da cirurgia plástica reconstrutora.
Único palestrante da América Latina e representando a instituição (IEP e FMUSP), o Dr. Alexandre Munhoz participou como conferencista convidado do evento e falou sobre o tema otimização estética em reconstrução microcirúrgica da mama, aspectos técnicos, planejamento e táticas para melhorar os resultados da reconstrução e da área doadora dos retalhos habitualmente empregados na reconstrução mamária. A homenagem da WSRM decorre de sua atuação profissional, incluindo a contribuição científica, as publicações indexadas e o número de citações de estudos sobre cirurgia plástica mamária realizados na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e no hospital Sírio-Libanês.
As publicações científicas contabilizam atualmente (2016) 118 publicações sendo 77 publicações indexadas na plataforma PUBMED, 95 % na área de cirurgia da mama e 90% como primeiro autor, perfazendo aproximadamente 1100 citações em outros artigos indexados. Como docente de pós-graduação strictu senso do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP-HSL), o Prof. Alexandre Munhoz também desenvolve atualmente estudos clínicos e experimentais, com linhas de pesquisa em mestrado e doutorado relacionadas à análise de técnicas e resultados em cirurgia mamária estética e reparadora.
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